Escola pública de Manaus e escola particular de Uberaba dão receitas de engajamento de alunos no novo modelo de educação remota
A mais recente live da série Inovação e Educação – destinada a abordar as experiências educacionais, sob a ótica dos professores, trouxe duas experiências semelhantes, de realidades bem distintas. A do Colégio Apoio (escola particular de Uberaba-MG) e a do CETI – Eng. Sérgio Alfredo Pessoa Figueiredo (escola pública de zona periférica de Manaus). Ambas representam modelos de sucesso na migração do modelo presencial para a educação remota. Quem compartilha essas experiências são os professores Guilherme Romero (MG) e Erison Lima (AM). Confira.
Diretor de Tecnologia Educacional do Colégio Apoio, o professor Guilherme Romero destaca a agilidade na mudança de mindset da escola. A rapidez e a consistência foram tão bem-sucedidas que alunos matriculados em outras instituições sentiram-se atraídos pelo modelo remoto do Apoio. Resultado: ao invés de perder alunos, a escola ganhou novos. O professor Guilherme destacou nesse modelo a percepção rápida do que funcionou e do que não funcionou e a adaptação a curtíssimo prazo. Imediatamente a escola migrou para o modelo de aula, ao vivo (online) com o tempo tradicional de uma hora. Rapidamente, perceberam que a redução do tempo das aulas surtiu efeito no engajamento dos alunos, que é de 100% de presença. Outro ponto interessante foi escutar o entendimento dos millennials (jovens nascidos na geração tecnológica). Assim, o professor conta que os alunos ajudam os professores na adaptação ao uso das ferramentas tecnológicas, um processo colaborativo de ensino.
No caso do CETI, uma escola pública de uma zona periférica de Manaus, o professor Erisson Lima celebra um engajamento de presença de alunos, em torno dos 80%. Atribui a essa conquista, um trabalho de “formiguinha” de imersão na realidade de cada aluno e na interação com todos, a partir daí. O educador aponta para o ingresso de professores em grupos de whatsapp de alunos, além de estabelecer contato direto com os pais para entender a demandas individuais e apresentar soluções satisfatórias. Aliado a isso, a escola adaptou a maneira de transmitir os conteúdos.
Inicialmente, o CETI transferiu atividades presenciais para a realidade remota, como o envio de conteúdos em PDF e a solicitação de fotos dos cadernos dos alunos. Percebeu que o mais eficiente seria aproveitar os recursos midiáticos disponíveis no ambiente digital. Somado a isso adotou o conteúdo do programa remoto que já existe no Amazonas. Os professores enumeram envio de atividades transversais como: vídeos com poesias recitadas por alunos e encenações teatrais com a participação da família. A mudança aumentou o engajamento dos alunos e demonstrou um modelo consistente de participação efetiva dos estudantes no contexto de aprendizado proposto pela escola.
Conte sua história e participe
A próxima live acontece, na quarta – 24 de junho – 17h30 (horário de Brasília). O tema será: Porque (e como) Incentivar o Empreendedorismo desde a Escola, com a participação de Ivone Lainetti, Diretora da Escola Técnica Estadual de Guarulhos, que coordenou diversos projetos de empreendedorismo e parcerias entre o Sebrae e o Centro Paula Souza desde 1998 e foi a diretora responsável pela implementação e primeiros 5 anos de operação da Etec Sebrae, São Paulo – SP; Carla C. de Aguiar, professora orientadora no Startup in School 2019 do projeto AIRP, vencedor de edital de fomento após o programa, co-criadora do projeto Bora Ajudar na Escola Estadual Saturnino Rangel Mauro, atualmente é tutora pedagógica no Ensina Brasil. Cariacica – ES; e Ester Santos, vestibulanda e Empreendedora com a Startup HospTup, ex-aluna do Instituto Federal de Brasília – DF e vencedora da edição do Startup in School 2019 na sua escola.
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